Com orçamento anual de R$ 792,7 milhões, TV Brasil fica em último lugar no Ibope em SP
Contando um orçamento quase bilionário, a TV Brasil gera surpresa negativa ao não contar com uma programação mais competitiva. Mantida com dinheiro de impostos dos brasileiros, a emissora ocupa uma das últimas colocações de audiência em boa parte do Brasil, exceto quando exibe partidas de futebol de algumas regiões.
De acordo com o portal da transparência do Governo Federal, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), teve seu orçamento atualizado para R$ 792,7 milhões, em 2024. Investimento que não reflete em grandes investimentos ou números de audiência para o canal público.
De acordo com dados consolidados do Kantar Ibope na Grande São Paulo, maior praça do país, a TV Estatal flertou com o traço de audiência nas 24 horas do dia, registrando 0,1 ponto de média apenas e ficando na última posição entre as emissoras abertas.
Entre os programas que sofreram com os baixos índices, está o “Sem Censura”, programa que ganhou grandes investimentos, inclusive com a contratação de ex-global, Cissa Guimarães. Apesar disso, a atração não tem passado dos 0,1 ponto de média na Capital Paulista e 0,4 no Rio de Janeiro. Resultados pífios para o custo que ultrapassa a cifra de R$ 1 milhão.
Em 2022, último ano do governo de Jair Bolsonaro (PL), a EBC trabalhou com um orçamento de R$ 676,2 milhões. Na ocasião, custando 15% menos que atualmente, a emissora possuía uma programação e audiência mais competitiva, um exemplo disso eram as novelas bíblicas compradas da Record, que disputava com grandes emissoras como a Band.
Hoje em dia, o canal elevou vem elevando seus custos e realizando poucos investimentos em sua programação, que não desperta interesse do grande público. Um outro problema que impede uma maior competitividade é sua folha de pagamento, que compromete mais da metade de seu orçamento.
Atualmente, os vencimentos dos quase 1800 funcionários da EBC custam aos cofres públicos quase R$ 500 milhões, anualmente, índice que representa quase 70% de todo orçamento que a emissora trabalha. Sendo assim, a empresa mais funciona como um cabide de emprego, contando com 39% dos seus cargos ocupado por comissionados, do que um negócio rentável e competitivo feito para os brasileiros.