Por mais que a direção do SBT tente passar um clima de festa com seus 42 anos de existência, comemorados neste sábado (19), nos bastidores o que estamos vendo é uma direção inerte e que não apresentou, até o momento, grandes novidades para o público. Com uma programação completamente desconfigurada, a emissora de Sílvio Santos amarga seus piores resultados de audiência e uma crise de identidade com atrações que não se casam com seu público.

Atualmente, o SBT registra índices de audiência mais próximos da Band, que da RecordTV, que teoricamente seria sua principal concorrente. Em sua programação, jornais de qualidade duvidosa, excesso de reprises de novelas, programas de entretenimento fracos e isso resulta nos resultados que o Kantar Ibope tem divulgado do canal.

O “Primeiro Impacto” e o “Fofocalizando” atendem pelos principais problemas da emissora e por dois motivos: primeiro porque nunca apresentaram bons resultados e segundo que são apostas pessoais de Sílvio Santos, o que restringe qualquer ação contra essas atrações.

As novelas mexicanas que sempre foram marca de sucesso da emissora, também sofrem com uma programação pouco atrativa. Mas apesar de não estar em seus melhores momentos, os folhetins, ainda sim, conseguem ficar entre os mais vistos do canal.

De tanto cansar o público com suas novelas intermináveis, “A Infância de Romeu e Julieta” vem fazendo o SBT registrar números que não via desde “Corações Feridos”, última novela adulta produzida pela emissora, ou seja, é o pior desempenho de uma trama infantil na série histórica do canal.

Aos finais de semana, somente no domingo é que o canal consegue uma vice-liderança com folga na audiência. Por coincidência ou não, foi único dia que não sofreu grandes alterações ao longo dos anos, mantendo os tradicionais programas de auditórios.

O fato é que o SBT passa por um momento de extrema fragilidade, tanto na questão dos números de audiência (que nunca foram tão baixos em sua história), quanto na financeira e esse limite no orçamento também interfere em investimentos mais enérgicos para recuperar seus índices.

Para completar essa maré de azar da emissora de Sílvio Santos, ela acabou perdendo os direitos de exibição de seus maiores clássicos de audiência: “A Usurpadora”, “Maria do Bairro” e “Marimar”, que passaram a ser exclusivos do Globoplay.

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