dom. abr 28th, 2024

O SBT lançou sua nova programação diária em 18 de março, apresentando o programa “Tá na Hora” e ajustando os horários do “Fofocalizando” e das novelas da tarde. Na semana anterior, também estreou sua nova revista eletrônica, o “Chega Mais”. Apesar da expectativa em torno desses lançamentos, nenhum deles conseguiu atrair uma audiência significativa, o que só complicou a situação da emissora de Sílvio Santos.

Essa situação provavelmente continuará nos próximos meses, o que é compreensível, considerando o tempo que o SBT ficou estagnado em comparação com suas concorrentes. Por exemplo, o principal concorrente no horário matutino, o “Hoje em Dia” da Record, completará 19 anos no ar em agosto, passando por altos e baixos até se consolidar como marca da emissora.

A televisão é baseada em hábitos, então o SBT precisa reconstruir essa relação com os telespectadores. Por exemplo, quando chove, as pessoas sabem onde buscar informações, o que explica por que a Record e a Globo costumam ganhar audiência nesses momentos, já que estabeleceram essa confiança ao longo do tempo.

O SBT sempre foi associado a desenhos animados pela manhã, mas nos últimos anos mudou sua programação com o “Primeiro Impacto”. No entanto, mudar hábitos não é fácil, e mesmo com esforços da emissora, é preciso tempo para conquistar a confiança do público e transmitir uma imagem de solidez.

Embora as novas apostas do SBT sejam promissoras e gerem empregos, é essencial que o público tenha confiança na emissora, algo que tem sido questionado nos últimos anos devido a decisões controversas, como mudanças bruscas de horário de programas de sucesso, o que acaba gerando desconfiança e frustração nos telespectadores.

Portanto, não basta ter bons conteúdos, apresentadores talentosos e cenários grandiosos se não houver um projeto sólido e paciência por parte dos responsáveis. A nova programação do SBT tem potencial para crescer e se adaptar ao novo momento da televisão brasileira, mas será necessário um trabalho constante e gradual.